O Réveillon da #vergonhaalheia

Neste ano, eu faço uma festa de Réveillon! Tá decidido!
Ok, tinha bastante gente bonita. Ok, me diverti bastante com meus amigos, dancei bastante. Ok, tinha bastante bebida. Mas a comida estava ruim e a música estava péssima. Modéstia à parte, eu faço festas bem melhores do que esta.

A música não pode estar ruim NUNCA em uma festa. Muito menos em uma festa de Réveillon. Aliás, esse não foi um comentário só meu. Outras amigas, que foram a outras festas no Rio, tiveram a mesma impressão. Acho que isso é geral.

Às vezes eu acho que isso não é só pela falta de organização e de criatividade das agências de eventos. Claro que isso conta, mas acho que o público tem estado bem mais exigente. Todo mundo faz festa hoje em dia. Boas ou ruins, mas faz. O “eu que fiz” está muito comum. Sendo assim, o público exige beeeeem mais.

A festa que eu fui não foi das mais caras. Custou R$ 200,00 (considerando as outras festas de Réveillon, foi bem barato), mas eu queria ver exatamente “onde” os meus R$ 200,00 foram gastos. E, sinceramente, a festa valeu, no máximo, R$ 70,00.

As mulheres, gente…. “O que é isso? Elas estão descontroladas”!

Antes de meia-noite já tinham umas meninas vomitando no banheiro. Que mico. E na pista da dança? Algumas pareciam dançar a dança do acasalamento. Que feio. #vergonhaalheia e #reparomesmo.

Eu fui ao banheiro 23:45h e tinha uma menina muito folgada atrás de mim, dizendo:

_Ai, por favoooooooooooooooooooor! Deixa eu passar na sua frenteeeeeeee! To passando maaaaaaaaaaaaaal!
_Eu também, querida! Tô quase vomitando aqui – respondi.

O que ela queria? Que eu virasse o ano dentro do banheiro? Me poupe, né?

Meia-noite, fogos, amigos, prosseco… EEEEEEEEE! Muito bom.

(AAAAAAHHH!!! Me lembrei de uma coisa! Tinha FRANGO no buffet!!!!!!! Quem trabalha com festa tem que saber que no dia 31 de dezembro não se come FRANGO!!!! Qual é a dificuldade??).

Bom, voltando à pista de dança…

Estava lá dançando, feliz da vida e cansei… Fui sentar em uma cadeirinha livre. No que veio uma piriguete (sério… ela tava ali pra trabalhar. Ela não estava só curtindo a festa. É só olhar a garota que, de cara, nota-se que é biscate):

_Essa cadeira é nossa, táaaaaaaaaaaaaa?
_ Ah, tava vazia e eu sentei.
_ É, mas é nossaaaaaaaaa.
_ ????
_ Mas não tem problema. Toma conta da cadeira pra gente… He-he-heeeee
_ Ok, se você quiser sentar, eu levanto.

Todo mundo sabe que eu não gosto de barraco. Aliás, detesto. Tentei ser natural. Dois segundo depois, ela volta:

_Só pra te avisar que essa cadeira é nossa, táaaaaaaaaaaaaaaaa?
_ Ok, você já avisou, querida. A cadeira estava dando mole e eu sentei.
_ Não tá dando mole nãaaaaaaaaao. A cadeira é minhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! – ela já tava mais nervosa.
_ Ah, é sua??? Não vi seu nome escrito aqui… – Gente! Falar algo desse tipo é um avanço pra mim.
_ Mas é minha, sim e faz o favor… – Começou a me puxar pelo braço!!! A ME PUXAR PELO BRAÇOOO!!!!!

Cara, eu levantei pra não fazer barraco e não estragar a minha festa, mas eu fiquei com uma raiva tão grande, mas tão grande… Que gravei a fisionomia da garota até agora na cabeça. Mas passa…. Por um 2011 sem mágoas.

Mas não acabou!

Ainda faltou o ponto alto da noite!!!!!!!!!! Pena que não vai dar pra descrever com tanta precisão porque eu não lembro (não estava bêbada, estava cansada. Que fique claro).

A história foi assim: uma amiga de uma amiga minha estava na festa com seu noivo (ou marido, eu não entendi essa parte direito). Suuuuuuuuuuuuper bêbada!!! Sentou do nosso lado e começou a falar um monte de coisa. Mas muito mesmo. Não dava nem pra interromper. Resumindo a conversa, o conteúdo era sobre o noivo… nesse nível: “Ele não é o Fulaaaaaaaaaaano, mas é muito legal pra mim também”. O Fulano era o ex-namorado, de sete anos, que também estava na festa.

Nesse meio tempo, sentou o marido (ou noivo, sei lá) e ficou conversando com a gente. Depois chegou quem? O FULANO!!!!! Acho que ele só queria desejar feliz ano novo, mas a garota não deu nem tempo. Já puxou o menino pra sentar ali com eles. E, de repente, começou um DR coletivoooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!! Quer dizer, coletivo…. Coletivo porque era em trio: a menina, o ex, e o marido (ou noivo, porque não entendi essa parte).

Gente! Foi a cena mais surreal que eu já vi na VI-DA! Aí a minha amiga tava nervosa, me perguntando: “o que eu faço? Tiro ela daqui?”. No exato momento em que ela terminou de me perguntar isso, a menina virou pra gente e falou “Gente! Esse momento não tem preço! A gente tá resolvendo tuuuuuuuudo! Colocando todos os pingos nos I’s” e caiu no choro! Ou caiu no choro antes e depois falou isso. Também não entendi essa parte.

Só sei que ela e o Fulano choraram muuuuuito, se abraçaram, ela tava de vestido tomara-que-caia que caiu. E como ela estava muito bêbada, demorou três horas pra colocar o vestido no lugar. Gente… um vexame só. Sei que a garota quase beijou o ex…

Eu tenho as minhas dúvidas quanto ao nível alcoólico do noivo/marido. Eu acho que ele nem estava tão bêbado assim e ficou ali só pra ver até onde aquela brincadeira ia…

Mas… “eu sou um cara rabugento…. E dentro da minha rabugice existe uma amplitude… e nessa amplitude…. não cabe, não cabe…”

De qualquer forma, FELIZ ANO NOVO!!!