Minha primeira aula de fotografia…

Esta semana tive a minha primeira aula de fotografia. Ok, não parece nada demais. Se não fosse o fato de eu ter esperado muito tempo para começar este curso e de isso me trazer algumas boas lembranças, seria apenas mais um cursinho normal para colocar no meu currículo (ou não).

A questão é que o gosto pela fotografia veio do meu pai. Ele é que me fascinava, quando eu era pequena, com aquele aparelho estranho na mão e intocável para mim, já que eu era uma criança e podia deixar aquilo tudo cair no chão. Imagina! Sempre que viajávamos, a lembrança mais forte que eu tenho é da câmera do meu pai, e de como ele carregava a máquina para cima e para baixo, sempre com muito cuidado.

Depois, adorávamos nos reunir para ver as fotos que ele tirava. Qualquer pequeno eventinho lá em casa (Natal, aniversário, carnaval…) era motivo para “desempoeirarmos” todas aquelas caixas com vários ábuns de fotos antigas. Muitas foram tiradas em épocas em que eu nem era nascida, mas mesmo assim adorava ver. Anos e anos gravados em um pedaço de papel.
Papai nunca foi profissional, mas isso era só a título. Para mim, ele sempre foi o melhor fotógrafo que eu conheço. Falo para todo mundo que ele já teve uma foto do Dedo de Deus publicada na National Geographic (na época que o nome ainda era em português). Tenho o maior orgulho de dizer que quem me influenciou a gostar de foto foi ele e que ele é a minha maior referência no assunto. É com ele que gosto de falar sobre câmeras que vejo vendendo. É para ele que gosto de enviar bons sites de fotografia. E é para ele que mostro as minhas “boas” fotos.

E, claro, foi dele que eu mais me lembrei durante as três horas que duraram a minha primeira aula de foto. Foi muito engraçado ver o professor abrir toda a câmera e mostrar como ela funciona por dentro. Parece que via na minha frente o meu pai me mostrando a mesma coisa quando eu entrei na faculdade e queria ser fotógrafa. Mamãe que vivia dizendo: “não vou pagar uma faculdade de Jornalismo para você virar fotógrafa”. Ainda bem que ela me disse isso! Se dependesse do meu “talento” para fotografia, estaria desempregada até hoje!

Mas não desisto e quero levar isso, pelo menos, como hobby (êta, hobby caro!). E quero compartilhar tudo o que aprender com a pessoa que fez com que meu interesse pela fotografia se despertasse. Pena que nunca vou chegar aos pés do meu pai!